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Flamengo x Fluminense

HISTÓRIAS DO FLA-FLU
É o jogo do improvável. Segundo Nelson Rodrigues, o grande dramaturgo brasileiro e tricolor de coração, “num Fla-Flu, vence quem estiver pior”. E o pior é que essa máxima várias vezes se confirmou! É o jogo do puro contraste. O Fluminense, mais antigo, é considerado o time da aristocracia carioca. Fundado pela família Guinle, o time reside no bairro das Laranjeiras, bairro elitista da ex-capital federal. Já o Flamengo, (segundo o escritor Carlos Heitor Cony - filho bastardo do Fluminense), é o time do povão (o que não é verdade, visto que o clube do Flamengo foi fundado em 1895 enquanto que o Fluminense fora em 1902. Além disso, o Flamengo tinha um time amador para exibição desde 1908). Fundada a equipe de futebol em 1912, logo caiu na graça do povo ao treinar na praia do Russel, e em 1914 já era campeão estadual.

PRINCIPAIS CLÁSSICOS
22/10/1916 - FLAMENGO 2 X 1 FLUMINENSE - Fla-Flu anulado.
No dia 22 de outubro de 1916, o Flamengo vencia o Fluminense por 2 x 1 quando o arbitro R. Davies marcou um pênalti contra o Fluminense. Rienner perdeu. Logo depois, o juiz marcou outro pênalti contra o Fluminense. Sidney cobrou e Marcos de Mendonça defendeu. O juiz mandou cobrar outra vez alegando que não havia apitado. Sidney bateu e novamente Marcos de Mendonça defendeu. O juiz mandou cobrar de novo, agora alegando que jogadores do Fluminense haviam invadido a área. Foi aí que o escritor Coelho Neto e o Delegado de Policia Ataliba Correia Dutra pularam a grade e correram para o campo. Os torcedores também invadiram o gramado. O regulamento do campeonato dizia que o jogo que fosse paralisada por cinco minutos seria suspenso definitivamente. Como a paralisação propositada foi além dos sete minutos, o jogo foi dado como anulado. Foi a primeira anulação de um jogo de campeonato carioca. No dia 8 de dezembro, no campo do Botafogo, foi realizada uma nova partida. O Fluminense ganhou por 3 x 1.
12/06/1927 - FLAMENGO 1 X 0 FLUMINENSE - Fla-Flu da Superação.
Em 1925, o Paulistano, campeão paulista, fez uma famosa excursão à Europa conquistando 100% de aproveitamento. Antes de embarcar, o time de São Paulo hospedou-se no Rio de Janeiro, e o Flamengo emprestou seu estádio e bolas para amistosos contra equipes argentinas. Com as ligas paulista e carioca eram desafetos, os empréstimos rubro-negros ficou caro. O Flamengo foi banido em 1926 do campeonato estadual, e seus jogadores foram jogar em outros times, acabando como a equipe. Na volta, em 1927 o Flamengo totalmente esfacelado, não lembrava em nada a equipe vitoriosa, tanto que no jogo contra o Botafogo na Rua do Payssandú, o rubro-negro perdeu de 9 x 2. Mas, no Fla-Flu a superação do time foi surpreendente, e o tricolor amargou a derrota por 1 x 0 gol de Chagas. No ano seguinte, o Flamengo seria campeão.
27/05/1928 - FLUMINENSE 4 X 1 FLAMENGO - Fla-Flu do trote.
Nas finais do estadual de 1928, o jogador Preguinho, que serviria à seleção na Copa do Uruguai, responderia à uma provocação do goleiro rubro-negro Amado, o qual teria mandado um suposto telegrama escrito “És sopa ! Amanhã não farás gol !” O atacante tricolor respondeu dizendo “Farei dois gols, no mínimo”. No primeiro minuto de jogo, o goleiro rubro-negro falha ao quicar a bola para repô-la em jogo, e Preguinho faz 1 x 0. Aos 10 do primeiro tempo, Preguinho amplia. O resultado final foi 4 x 1 para o Fluminense que venceu o campeonato e o rival justamente na Rua do Payssandú. Só muito depois, é que o atacante veio, a saber, que o goleiro rubro-negro jamais lhe mandara qualquer telegrama e que, o autor fora o sócio do Fluminense, Affonso de Castro, o Castrinho.
01/08/1930 - FLAMENGO 4 X 2 FLUMINENSE - Fla-Flu na preliminar.
Em 1930, após o término da Copa do Uruguai, brasileiros e franceses desembarcaram no Rio. O Rio era rota para a Europa e a CBD não tardou em agendar um amistoso entre as duas seleções. Curiosamente, a preliminar foi o Fla-Flu, sendo que os jogadores da seleção, equipe formada por jogadores cariocas, tiveram preferência como o goleiro Veludo do Fluminense. O Flamengo venceu o Fluminense no jogo festivo por 4 x 2 e a seleção brasileira venceu aos franceses por 3 x 2 de virada.
23/11/1941 - FLAMENGO 2 X 2 FLUMINENSE - Fla-Flu da Lagoa.
Com certeza, o mais pitoresco dos Fla-Flus da história. O atacante Romeu do Fluminense foi a grande figura do clássico. O curioso deste Fla-Flu é que todos somente se lembram dos últimos seis minutos. Quando o Flamengo marcou o segundo gol o relógio marcava 39 minutos do segundo tempo. Aí o Flamengo foi para cima do Fluminense. Para o tricolor bastava o empate. Para o rubro-negro era preciso a vitória. O Flamengo atacava e o Fluminense jogava a bola na Lagoa Rodrigo de Freitas. Não se tratava do recurso da bola fora. O ponta esquerda Carreiro de tanto mandar a bola para a Lagoa terminou sendo expulso pelo juiz Juca e para sair ele catimbou o quanto pôde. Junto ao cronometrista, o homem do Flamengo mandava parar o cronômetro e o homem do Fluminense pedia para o cronômetro andar. Percebendo a artimanha tricolor, dirigentes do Flamengo mandaram a equipe de remo ficar de prontidão na Lagoa, para retornar o mais rápido a bola no estádio, que ficava as margens da Rodrigo de Freitas. Com Carreiro fora do campo, o Fluminense tinha que arranjar outra maneira de jogar a bola para fora. O Flamengo continuava atacando e procurando o gol do titulo. E quanto faltava para acabar o jogo? Ninguém sabia. Somente o cronometrista sabia. Sabia-se antes que faltavam seis minutos e parecia que já tinha passado horas. Já escurecia na Gávea. Aquele Fla-Flu podia acabar de noite, não se vendo mais nada. Podia até não acabar. E então Romeu Peliciari, o careca que jogava de gorro na cabeça, foi para o vai-mas-não-vai. Pegava a bola, fingia que ia, não ia, acaba indo e não largava a bola. Ele prendia a bola correndo, dando voltas, tomando pela direita, descambando para a esquerda. Sua preocupação era gastar o tempo e ele não precisa correr. Era como se ele jogasse sozinho. Não dava a bola para ninguém. A bola era só dele. Quando o Flamengo sentiu que o Romeu fazia cera prendendo a bola, procurou cercá-lo e toma-la de qualquer maneira. Mas, o tempo andava e, de repente, sem que ninguém mais esperasse, o cronometrista apitou e o Juca abriu os braços e os cruzou no ar. Era o fim. O Fluminense era o campeão carioca de 1941.
Gol que não existiu.
Ary Barroso, o sambista e compositor de “Aquarela do Brasil”, “Carinhoso”, era um fanático torcedor do Flamengo e narrador esportivo (totalmente parcial ao Mengo), na Rádio Cruzeiro do Sul e Tupy do Rio de Janeiro. Conta a história que num Fla-Flu entre os anos 50 e 60, o Fluminense fez 1 x 0 e Ary Barroso simplesmente ignorou o gol, narrando a seqüência do jogo normalmente, divulgando inclusive que o placar estava 0 x 0. Verdade ou não, o fato entrou para os autos do clássico.
13/10/1968 - FLUMINENSE 1 X 0 FLAMENGO - Gol de Mão.
Em 1968, valendo pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Fla-Flu entrou para a história com um gol malaco. Aos 13 do primeiro tempo, Wilson do Fluminense, recebe lançamento de Serginho em posição de impedimento, e sem o menor constrangimento à la Maradona, ao dividir com o goleiro Marco Aurélio do Flamengo, dá um soco na bola, desviando a trajetória e ficando livre para chutá-la para as redes. Armando Marques, consulta o bandeirinha que confirma a legalidade, e só então corre para o meio do campo confirmando o gol que deu a vitória simples para o tricolor. Ainda hoje, mais de 30 anos depois, esse gol escandaloso é comentando nos corredores da Gávea.
07/03/1976 - FLAMENGO 4 X 1 FLUMINENSE - “Zicovardia”.
Jogo amistoso entre Flamengo e Fluminense no dia do Cronista Esportivo de 1976. Zico era o jogador mais badalado da época após o retorno da excursão da seleção brasileira à Argentina e Uruguai, onde o “Galinho de Quintino” marcou gols em todos os jogos. Do outro lado, os torcedores fluminenses esfregavam a mão diante da “Máquina Tricolor”, a maior equipe que o Fluminense formara tendo jogadores como o goleiro Renato, Rodrigues Neto, Doval (todos ex-Flamengo), Rivelino, Carlos Alberto Torres. Apesar da provocação dos torcedores tricolores, Zico desequilibrou. Marcou três gols, sendo um em cobrança magistral de falta. No dia seguinte, o Jornal dos Esportes foi categórico resumindo o que o Maracanã presenciou: Zicovardia.
01/08/1976 - FLAMENGO 1 X 1 FLUMINENSE - Fla-Flu do “cai-cai”.
Em 1976, Botafogo, Flamengo e Fluminense brigavam pelo título do segundo turno. O Botafogo tinha dois pontos de vantagem e ainda jogaria contra o Goytacaz em Campos. Noutra ponta, Flamengo e Fluminense precisavam vencer e torcer pelo tropeço do alvinegro. Aos 45 minutos do primeiro, enquanto o Fluminense vencia por 1 x 0, o Botafogo abriu a contagem e o desânimo tomou conta do Maracanã. Logo no início do segundo-tempo, o Flamengo empatou com Paulinho e passou a pressionar. Aos 35 Carlos Alberto Torres do Fluminense, discute com o juiz e acaba expulso. Depois foi a vez de Pintinho e Paulo César Lima. Duas novas expulsões tricolores. Quando o jogo recomeçou, Rivelino põe a mão nas coxas e abandona o campo. Detalhe: o Fluminense já havia feito todas as suas substituições. Pouco depois, Rubens Gálaxie sai do campo, e o time das Laranjeiras fica apenas com 6 em campo, número insuficiente segundo a regra, e o árbitro é obrigado a encerrar a partida.
23/09/1984 - FLAMENGO 1 X 0 FLUMINENSE - Fla-Flu das Diretas.
Em 1984, o país fervilhava com o movimento das Diretas-Já. Nos últimos momentos da ditadura militar, o deputado mato-grossense Dante de Oliveira (PMDB) envia ao congresso nacional, uma emenda à Constituição onde a escolha do primeiro presidente da república civil, após o golpe, seria pelo voto popular. Desde 64, após o golpe que elevou os militares ao comando da vida política no país, a escolha do presidente era feito por via indireta, ou seja, pelo Colégio Eleitoral. Mas em 84, a partir da festa do 1º de Maio na Praça da Sé em São Paulo, que se tornou o “palanque”, o movimento das Diretas-Já ganhou força em todo o Brasil. No Fla-Flu decisivo da Taça Guanabara daquele ano, alguém lembrou que o presidente militar, Gen. João Baptista Figueiredo, apesar de gaúcho, era simpatizante do Fluminense; e que como alegria pouca é bobagem, uma comissão pó-de-arroz fora ao Palácio do Planalto entregar a faixa de campeão estadual de 83 àquele que dizia preferir “cheiro de cavalo a cheiro do povo”. Já o Flamengo, maior torcida do Brasil, seria a representação perfeita do povo. A emenda não alcança o mínimo de votos para virar lei, e a escolha do presidente ficaria restrita à escolha dos deputados e senadores entre, Paulo Maluf, do PDS (partido do governo militar) e Tancredo Neves, do PMDB (partido de oposição). Logo, o Fla "tancreda" e o Flu "malufa", inclusive tendo jogador tricolor pousando ao lado do candidato do PDS e dizendo ser o seu candidato à presidente. O Flamengo venceu o Fluminense por 1 x 0. Gol de Adílio aos 20 minutos do primeiro tempo. O Fla de Tancredo Neves (que seria eleito presidente, e sempre assumira seu amor pelo Mengão) era campeão, pela nona vez da Taça Guanabara, e a comemoração fora tanta, a ponto do técnico rubro-negro Zagallo dizer que esta conquista teria para ele, o mesmo peso do tri-mundial com a seleção brasileira. Nunes então, confirmara sua permanência no rubro-negro. E o goleiro Fillol homenagearia esta conquista ao preparador de goleiros do Fluminense, João Carlos Travassos, que o provocaria a semana inteira, dizendo não ser difícil para o tricolor marcar gols no arqueiro argentino. Romerito, o craque do Flu na conquista do estadual daquele ano, nada fez no jogo, e ainda estranharia que os jogadores apoiassem o candidato que era contra os anseios populares. Washington do Fluminense então, sumira por completo no jogo. O Fla vingaria o povão com aquele 1 x 0.
16/12/1984 - FLUMINENSE 1 X 0 FLAMENGO - O Carrasco.
A fase áurea do Fluminense aconteceu de 83 a 85, quando foi tri-campão estadual e brasileiro em 84, tinha jogadores como Paulo Vítor, Branco, Ricardo Gomes, Delei, Romerito, Assis e Washington. As decisões dos campeonatos desses anos foram disputadas em triangular em turno único. Nos três, a dupla Fla-Flu esteve presente. O mais interessante é que nos clássicos de 83 e 84, a mesma cena repetiu-se. O Fluminense venceu ambos por 1 x 0, no último minuto de jogo, com gol de Assis, fazendo no gol esquerdo das cabines de rádio. Por isso, o meia do tricolor ganhou o título de “carrasco” rubro-negro.
07/04/1991 - FLAMENGO 2 X 1 FLUMINENSE - Calcanhar de Nélio.
Um clássico decidido aos 45 minutos do segundo tempo com um gol de calcanhar merece entrar em qualquer antologia. Nélio foi o responsável pela façanha, ao completar com estilo quase em cima da linha a bola roubada pelo Fla após Válber falhar na tentativa de fazer embaixadinha dentro da área. Renato, aos 42 da etapa inicial, e Jefferson, aos cinco da complementar, fizeram os gols anteriores do jogo.
25/06/1995 - FLUMINENSE 3 X 2 FLAMENGO - Gol de barriga de Renato Gaúcho.
Flamengo e Fluminense fazem o jogo decisivo do octogonal do Estadual de 1995. O Fla na comemoração dos 100 anos de fundação (do clube) precisava só do empate para sagrar-se campeão, enquanto que ao Flu, só a vitória interessava. O time tricolor de Joel Santana faz logo 2 x 0. Aí, o Flamengo inicia uma grande reação, e aos 40 do segundo tempo, o Mengo empata em 2 x 2 e se fecha na defesa. O Fluminense só tem uma alternativa: atacar de qualquer jeito. E não deu outra: num cruzamento na área de Aírton, Renato Gaúcho (impedido) empurra a bola com a barriga pro fundo do gol do “todo-poderoso” e concretiza a vitória e o título do pó-de-arroz. Fluminense campeão 3, Flamengo 2.
03/03/2001 - FLAMENGO 1 X 1 FLUMINENSE - Gol Espírita.
A final da Taça Guanabara de 2001 fora um Fla-Flu. Os dois times foram os melhores no grupo A, e, após fazerem a semi-final do torneio contra os dois melhores do grupo B e se classificarem; o regulamento determinava que na final não haveria vantagem e que, havendo empate, a decisão seria nos pênaltis. O jogo acabou empatado e os dois clubes postaram-se para as cobranças. Na 3ª rodada de cobranças, o técnico Zagallo definiu que Roma, (jogador que muito lembrava Romário) seria o cobrador. O atacante rubro-negro, imitando o baixinho, deu seu pulinho e corrida característica. Chutou e o goleiro do Fluminense defendeu e saiu comemorando. No entanto, a bola pingou no chão, pegou efeito e entrou dentro do gol do Fluminense, naquele momento sem goleiro. O Flamengo venceria a disputa 5 x 3 e seria campeão da Taça Guanabara.
01/02/2004 - FLAMENGO 4 X 3 FLUMINENSE - Fla-Flu da “Poeira”.
Fazia tempo que não se via um Fla-Flu tão eletrizante como aquele. Jogo da fase classificatória da Taça Guanabara de 2004. O Flamengo, com um time compacto enfrentava o timaço do Fluminense de Romário, Edmundo, Roger, Odivan, etc. O Fla sai na frente, e, no começo do segundo tempo, o Baixinho entra em cena, e logo o Flu vira pra 3 x 1, dando quase que por liquidado a fatura. No entanto, logo após o terceiro do Flu, Felipe diminui, e lança a reação rubro-negra. O Fla empata com Roger , e no final do jogo, novamente o lateral do Mengo marca o gol derradeiro: 4 x 3 pro Flamengo. Nesse jogo, a torcida do mais querido do Brasil, canta a música de Ivete Sangalo que se tornaria o “hino” popular do Flamengo: “Poeira / Poeira / Poeira - Levantou Poeira !”
Fonte: Assaf, Roberto e Martins, Clóvis (1999) FLA x FLU, O Jogo do Século - Ed. Letras & Expressões.
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