São Paulo e Santos se enfrentam neste domingo na Vila Belmiro, às 16h, e uma das equipes sairá de campo em maus lençóis. O Peixe, sem técnico depois da demissão de Leão, tenta sua segunda vitória em quatro jogos e ainda amarga a eliminação na Taça Libertadores da América . O Tricolor, que também caiu na competição sul-americana, não venceu nenhum duelo do Nacional até o momento e ocupa a zona do rebaixamento do campeonato.

Sem técnico e cheio de motivação

Em cinco dias, o time foi desclassificado da Taça Libertadores, goleado pelo Cruzeiro e ainda perdeu o técnico Emerson Leão, que não suportou a pressão e pediu demissão. Agora, o Alvinegro junta os cacos para se reerguer.

Como a crise preocupa e uma nova derrota só tornaria as coisas muito piores, o técnico interino do Santos, Márcio Fernandes, prepara uma formação mais cautelosa para o clássico contra o São Paulo. No coletivo da última quinta-feira, ele já deu mostras de que mandará a campo um time com três zagueiros e dois volantes.

Betão, que vinha atuando na ala direita com Leão, volta para a zaga e formará trio com Domingos e Marcelo. Com isso, a ala direita será ocupada pelo volante Adriano. Para encaixar Adriano no time, Fernandes sacrifica o atacante Lima. Quem também perdeu vaga no time titular é o zagueiro Fabão, que era considerado titular absoluto de Leão.

Apesar de ter treinado no time reserva, Lima poderá ocupar a vaga de Kléber Pereira, no clássico. O artilheiro sofreu uma pancada no treinamento e seu tornozelo direito está inchado. Por isso, é dúvida.

Sabendo que a equipe está abalada com o mau momento, Márcio Fernandes afirma que está aproveitando esses dias para tentar resgatar o moral dos jogadores.

- Num clássico como esse no momento em que o time vive, o aspecto emocional é muito importante.

Hora de despertar

Assim como no ano passado, o São Paulo está demorando para engrenar no Brasileirão. O histórico é semelhante ao de 2007. Após duas eliminações seguidas, no Paulista e na Libertadores, o Tricolor tenta deixar de lado a frustração para se reabilitar na competição nacional.

O Santos está sem técnico mas, segundo Muricy, o clima de motivação dos jogadores pode ser o maior trunfo da equipe da baixada.

- A troca de técnico ajuda, porque vem um cara com uma nova conversa, vem com algo mais, porque o treinamento é pouco. E isso funciona às vezes, essa parte de emoção - avalia o treinador tricolor.

No treino coletivo desta sexta-feira, Muricy fez um teste com André Dias na zaga, atuando no esquema com três defensores, depois sacou o zagueiro do time para formar duas linhas de quatro. Na segunda parte do treinamento, Jancarlos ficou com a vaga de André.

Kléber Pereira foi anunciado como dúvida na baixada, mas Muricy não acredita que o ídolo santista ficará fora do clássico.

- O que ele sentiu é muito pouco para sair de um jogo como esse.